sexta-feira, abril 08, 2005

V/A KISS THE FUTURE

A partir de Brighton têm Saído alguns rostos de maior êxito na indústria musical britânica dos últimos dez anos, onde se podem destacar Carl Cox, Fatboy Slim ou Adam Freeland. Foi também nesta cidade costeira que um grupo de jovens descobertos peloDJ/produtor Mike Maguire (ex-colaborador dos Juno Reactor) deu os seus primeiros passos. Um deles foi Dino Psaras, revelado pelas suas actuações nas festas A.C.I.D. (A Concept In Dance), que eram a alternativa às Tip Parties (de Raja Ram e seus pares), que haviam iniciado de forma consistente o panorama Psy-Trance no Reino Unido, em final dos anos 80. Seriam também eles, com a banda The Infinity Project, e, mais tarde, com a editora Tip Records/TIP World a colocarem-se na dianteira do movimento em Inglaterra.
Mas a entrada em cena de novos valores com festas A.C.I.D. diversificaram a cena: por outro lado, a TIP, o tradicionalismo goa, a herança sanyassin; e, do outro, as festas e posteriores compilações A.C.I.D., uma maior abragência estética e também o lado paralelo a um trance ainda ligado à ideologia neo-mística, a um status quo que menosprezava quem não pertencia á elite de Goa.
Ao longo dos anos 90, Dino (e o seu amigo de infância Joti Sidhu) foram escrevendo o Psy-Trance à sua maneira: com projectos como Cydonia, Psychaos, Viper ou Ayahuasca; promovendo cruzamentos com artistas alemães como Tim Schuldt; em França, ganharam fama, actuando em festas commo Gaia, Technotanz ou Trance Body Exprexx; em inglaterra, ligavam-se a Man With No Name ou Eat Static e descobriam uma das bandas mais siderais de sempre: os Semsis.
Não seria assim de estranhar que a dupla Joti e Dino fundasse uma editora para divulgar os seus mapas cognitivos, nascendo a Atomic que teve em "Kiss The Future" a sua primeira edição, e, provavelmente, um dos seus melhores momentos de sempre. A flexibilidade deste disco, abrindo com um groove vocal de Morphem, passando por um emoção old-school com Man With No Name, indo em direcção à EBM de "Ohm Shiva" por Tim Schuldt e ter terminando no trance industrial dos franceses Spies, é uma apologia da livre expressão das normas trance. No entanto, a falta de regularidade na qualidado editorial afastou a Atomic do rol dos históricos, mas "Kiss The Future" será um dos momentos do Psy-Trance dos anos 90.

1 Comments:

Blogger Billy said...

É bom ver notícias frescas no Nataraja!!!

Continua, pázinho!

10:54 da manhã  

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