2004 assinalou os dez anos de vida do psy-trance em Portugal. Para celebrar uma bonita idade, vamos descobrir momentos, festões, nomes e personagens que marcaram a vida de um género que, apesar dos preconceitos iniciais, lá está no topo da música de dança nacional. Sem a ajuda de agenciamentos, empresas, clubes, e com a beleza da natureza, o entusiasmo do público e artistas ou promotores, o movimento cresceu e será sempre um exemplo de paixão por um género musical. Parabéns a nós.
AR LIVRE: É e sempre será o ecossistema ideal para o psy-trance, que só ganha a sua verdadeira dimensão de música para festa quando é usado em espaços abertos na natureza. Alguém ainda duvida sisso ?!
BOOMFESTIAVAL: É sem dúvida o festival mais original e mais internacional que há em portugal. Com cinco edições (1997, 1998, 2000, 2002 e 2004) é considerado - a par do Voov Experience - o maior festival de psy-trance do mundo. É também a grande bandeira da cena nacional além-fronteiras.
BREAKTRANCE: Por volta de 1998, o breaktrance surgiu com a junção da estrutura psy-trance com base rítmica do breakbeat, porém, a sua fraca adesão fez com que nomes como Snake Thing, Metal Spark, Ray Castle ou Joujouka mudassem ao teste do tempo, editoras como a Timecode e a Exxogenic têm recuperado recentemente uma das formas mais interessantes de desenvolver o psicadelismo trance.
CHILL-OUT: Geminado à experiência para pista de dança, o ambiente fez adeptos junto de público trance, que impõe amiúde uma área de chill-out numa festa. Dj Monge, Dream Lab e Tjak são referências nacionais e Deep Dive Corporation, Red Seal ou Aes Dana são alguns dos nomes internacionais mais respeitados no nosso país.
DJS: Quem são os melhores Djs do mundo de psy-trance? Ora aí está uma pergunta que gera discordia; mas se adicionarmos talento, experiencia, tácnica, selecção musical, criatividade e tempo activo na linha de frente chegamos a estes nomes (em áreas diferenciadas): Tristan, Antaro, Bansi, James Monro, Domestic, Serge Souque, Nick Taylor, Dino Psaras, Xenomorph, Etnica e claro o mestre GoaGil, mais recentemente, Dimitri, Emitri, Emok, Alex (Para Sense) e Swarup.
DOMINO: Uma Dj inglesa que vivia em Goa. Foi o primeiro fenómeno de populariedade de trance nacional e até corria o mito de que era surda de um ouvido! Com o passar dos anos, a sua figura foi predendo carisma, infelizmente.
DRAGONFLY: A editora inglesa que inventou a designação psychedelic trance na indústria discografica, em maio de 1993, comuma compilação que incluía Genetic, Tip ou Black Sun. ADragonfly surgiu pale mão de Youth (ex-baixista de Killing Joke), que, a par de Johann Bley. havia editado em 1991 a primeira faixa oficial de psy-trance: "Jungle High", pela Perfecto de Paul Oakenfold.
GOODMOOD: Os pioneiros, a empresa produtora de festas que introduziu o goa trance e psy-trance em Portugal e foi durante muitos anos em exemplo de excelência na produçºao de eventos de música de dança. As suas primeiras festas abertas ao público tinham a particularidade de ter entrada livre e cada um deixava uma contribuição para o seu pagamento. É das poucas empresas de espectaculos em Portugal que nunca aceitaram patrocínios comerciais
FLOW RECORDS: Em 2000, pela mão de Dj Pena, abre ema primeira editora nacional especializada em psy-trance. Ao longo dos últimos anos, a Flow tem conseguido manter um calendário de edições regular (o que é de saudar face à crise na indústria) e servido para projectar internacionalmente a carreira do seu fundador, um dos porta-estandartes da cena nacional.
FULL-ON: Tornou-se o género de psy-trance de maior popularidade nacional e mundial. Nomes comoGMS, Alien Project, Astrix ou Talamasca tornaram-se referências de popularidade do público. Pena é que para muito público psy-trance seja apenas Full-On
GOA: Um estado indiano que foi desde os anos 60 palco de exisências alternativas e de onde começou a irradiar uma sonoridade específica quese iria cristalizar no goa trance, o resultado das fests dos anos 80 onde se ouvia EBM, acid house, dub, reggae, techno, rock.
HIPNOSE: Surgia em 1997 com p apoio da Good Mood, a Hipnose foi responsável pela flexibilização depropostas musicais no trance nacional, introduzindo nomes grandes como X-Dream, Tim Schuldt, Dino Psaras ou Etnica no gosto nacional.
As dificuldades da economia nacional acabaram por se fazer sentir na sua vida, numa altura em que a Hipnose já estava direccionada para o house progressivo.
ÍNDIA: É oEl Dorado do movimento trance, o local de férias por excelência, país de encontros imediatos e está para o trance com Ibiza está para o house. Quem lá vai ou ama ou odeia !
ISRAEL: Será sempre o país que muito do nosso público admira pelos seus artistas e editoras.
MFG, Astral Projection, Infected Mushroom, Astrix ou Space Cat são alguns dos ídolos do passado e do presente em terras lusas.
