
Compilado pelo Dj
Pied Piper (agora conhecido por
Pied Piper Paul), esta edição da editora inglesa
Transient era um retrato fiel do que se passava na cena psicadélica australiana, cujo epicentro era a pequena localidade costeira de Byron Bay, na província de New South Wales. Aqui se juntavam artistas libertinos cujo ponto em comum era a vontade de criarem música de dança experimental, que apelasse a territórios estranhos e bizarros onde não existissem rígidos e as possibilidades de articular sons e formas de produção fossem ilimitados.Ora era sensivelmente esta a vocação de psy-trance em meados dos anos 90 e foi assim que inúmeros artistas australianos se integraram no circuito mundial de festas e no catálogo de diversas editoras colocando
Byron Bay e a Austrália no roteiro mundial de festas. "
Wizardry Of Oz" foi assim a voz de um lote de músicos da Oceânia que levaram o psicadelismo dançante e quadrantes como o jazz sórdido de
Rip Van Hippy ou ou irreverente Breaktrance de
Reflecta ou
Snake Thing. Nunca presos à fórmula dos ritmos 4/4, nem ligados a uma excessiva melodização dos temas, os autralianos foram os responsáveis pela maior flexibilização na forma do psy-trance e por uma intensa caricaturização dos conteúdos deste género musical. O desprezo pela linearização e a apologia da livre expressão dos pressupostos psicadélicos eram atributos de uma geração de músicos como
Nick Taylor,
Andrew Till,
Ollie Olsen ou
AB que foram, com o passar dos anos, sendo esquecidos pelo grande público que com a viragem do século se perdeu à padronização de emoções, à música funcional. Mas no baú dos tesouros do trance, "
Wizardry Of Oz" brilha com os seus tons multicolores e energia surreal.
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