
As séries "
Singles" foram uma tradição iniciada na
TIP Records, que continuou quando a editora se rebaptizou como
TIP World, cujo objectivo era dar a conhecer EPs e singles que a editora ia lançando moldando, pela sua importância, os gostos do público e as tendências de produção vigentes. Neste "
TIP Singles 2" a editora de
Raja Ram e
Graham Wood conseguiu sintetizar de forma exímia uma temporada dourada na vida do psy-trance que correu de 1995 até 1997, quando se verificou uma entrada de novos produtores e ideias em cena para aplicar os pressupostos goa trance. Foi neste período que nomes como
Prana,
Technossomy ou
Quirk deixaram no ar uma nova forma de desenvolver uma estética goa assente na melodização, na inclusão de elementos étnicos ou no devaneio sónico via sintetizadores. Espelhando esta flexibilidade, a
TIP (já na altura uma editora de culto) misturou clássicos (como "
Soothsayer" de
Hallucinogen, em dos maiores épicos de sempre), com abordagens siderais como só a dupla
Ian Ion e
Frank'E proporcionava ("
Universal Mind", de
Psychopod), inflectiu para o funky trance de
Synchro ("
Human Oscillator") e deu a mão ao experimentalismo e ao breaktrance de
Snake Thing, o projecto
Nick Taylor com o imparável "
Scorch". Como se não bastasse integrou
Doof,
The Deviant,
The Infinity Project ou
Laughing Buddha cimentando um espaço no tempo em que dogmas, clichés, fórmulas, padrões e preconceito não faziam parte do léxico trance pscadélico.
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