CHILL OUT: Espaço Imanente de Expressão

As linhas do diagrama que compõem o espaço subversivo, mas de afirmação e beleza da vida, são a diversidade na música e nas artes. O Chill-Out não é um estilo de música, nem um lugar apenas para relaxar ou descansar ouvindo um som mais calmo, mas o espaço imanente de expressão das artes. Concebemos Chill-Out um espaço livre, nunca uma forma ou segmento fechado; ele está se modificando a cada dia, se expandindo para além dos DJ's, incluindo também bandas, danças, performances, artes visuais e abrindo, sim, a potência de afirmação da vida e das festas. A arte de se multiplicar em dobras. Música fora dos padrões óbvios da eletrônica do dance floor. Alma de diversas tribos e etnias. Chill-Out não é moda nem estilo.
Vejamos que a arte por si só nunca está presa a estilos ou a certos tipos, modas, segmentos; passemos a ver o Chill-Out assim, não como algo formatado, mas sim como epicentro das forças ativas e criativas, da multiplicidade e heterogeneidade de um espaço que não se fixam no território. Ele por si só é nômade, pois seu viés não é o segmento, mas sim a linha de fuga e as linhas de expressão artísticas híbridas e de subversão, na qual não se opõe, mas sim se intensifica ao atravessar e se dobrar com as forças presentes.
Arte? Tudo que é afirmação da vida cabe no Chill-Out, tudo que se potencializa e soma cabe no Chill-Out, todos os estilos que vão de encontro à arte, todas as artes que tocam a mutação e expressão subjetiva das forças ativas. Vejamos muito bem que não é “vive la diférence”, mas sim afirmação da diferença na vida e nas artes. Isto implica na arte que realmente toca o limiar da vida, e se diferencia não por modas e sim por expressões. Festejemos e gozemos porém no fluxo, nunca dominados por forças reativas, como acontece com os segmentos e com a moda. Vemos a arte como potência de mutação, não importa se é orgânica ou eletrônica, mas sim a expressão da mesma no campo de forças.